quarta-feira, 11 de novembro de 2009

ALGUNS ASPECTOS FONOLÓGICOS NA PRODUÇÃO DA ESCRITA

Cada língua dispõe de um número determinado de unidades fônicas cuja função é determinar a diferença de significado de uma palavra em relação a outra (MUSSALIM & BENTES, 2006). Por exemplo, a palavra [‘kasa] “caça” diferencia-se de [‘kaza] “casa” pelo uso de uma fricativa alveolar surda [s] em “caça” e uma sonora [z] em “casa”.


Para Silva (2009) o fonema deve ser tratado como uma unidade mínima de análise que tem um papel contrastivo e concreto na investigação linguística, ou seja, é a menor unidade fonológica da língua de que se trata.

Nos estudos de Trubetzkoy (apud MUSSALIM & BENTES, 2006) a “fonética procura descobrir o que de fato se pronuncia ao falar uma língua e a fonologia o que se crê pronunciar, considerando o fonema como a imagem acústico-motora mais simples e significativa de uma língua”. A questão é que toda língua possui um número limite de sons que tem como função primordial diferenciar os significados de uma palavra. Tais sons ocorrem em uma sequência linear e combinam-se entre si em conformidade com as regras fonológicas de cada língua.

A relação entre letras e sons dado pelo princípio acrofônico, segundo o qual no inicio de cada letra encontra-se o som que a letra (CAGLIRARI, 1999), representa a chave da decifração das letras do alfabeto, mas indica somente um dos possíveis sons.

E como nem sempre é fácil identificar um fonema e grafar a palavra de maneira correta pode-se utilizar de alguns testes, a saber:

  • OPOSIÇÃO: Ao substituir dois fones ocorrer em mudança lexical, então poderemos considerar que os dois fines sejam fonemas. Lembrando que é necessário que a unidades em questão sejam pares mínimos, ou seja, apresentem itens lexicais idênticos contendo somente uma única diferença em um elemento da sequência.
[m] em mar e [p] em par

[b] em bar e [m] em mar

[f] em fala e [v] em vala

  • DISTRIBUIÇÃO COMPLEMENTAR: Os fonemas de uma língua permitem diferenciar o significado das palavras, daí que realizações fonéticas diferentes de um mesmo fonema não podem ocorrer em contraste, essas diferentes realizações são conhecidas como alofones.  As autoras Mussaim e Bentes (2009) explicam que o principal critério para agrupar os alofones como variantes de um fonema é a distribuição complementar que estabelece que quando dois fones ocorrerem em ambientes mutuamente exclusivos, eles poderão ser considerados alofones de um mesmo fonema.  Para compreender a distribuição complementar é importante lembrar que os sons estão fadados a serem afetados pelo contexto lingüístico, ou seja, podem sofrer influência dos efeitos dos sons vizinhos, da posição de ocorrência em unidades maiores, do efeito de elementos supra-segmentais ou de informações de índole lexical e gramatical.

2 comentários:

  1. Adorei teu blog,

    - E QUERIA UMA AJUDINHA
    Bom eu gosto muito de escrever, e queria pegar mais gosto pela leitura, tento ler livros de literatura, mas sempre paro pela metade, e não sei nadaaa de literatura historia e tal. Tem alguma dica de livro pra que eu começar a ler, que eu possa apreender primeiramente sobre a história da literatura e tudo relacionado a ela?

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  2. Karina... muito obrigado.... eu fiquei um tempo sem postar aqui, mas vou voltar ativa.

    Sobre livres da história da literatura... bom, depende do que você deseja... tem a coleção Stylus da editora perspectiva que disserta sobre todas as escolas literárias.

    Outro livro interessante para compreender a história de nossa língiua é o "O português da gente" do Rodolfo Ilari e Renato Basso

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