sábado, 24 de outubro de 2009

Odisseia: uma questão homérica

A Odisseia de Homero é um convite à busca do nosso interior, da nossa descida ao inferno e refazimento moral apresentando seus personagens em volto de uma viagem fantástica em mundo maravilhoso para retornar a casa.
Longe de ser somente uma ficção narrativa, esta obra é um relato sobre a vida na Grécia, uma descrição detalhada dos costumes cotidianos daquele povo, que foi um dia, os mais sábios existentes.
Escrito em um dialeto chamado Linear B, a Odisseia abriu as portas para o conhecimento, ou melhor, o autoconhecimento, a superação. Seu personagem protagonista, Odisseu, apresenta as características de um herói que supera seus limites em busca do objetivo. Representa toda a vontade de atingir uma meta, de seguir os instintos e superar os obstáculos.
A Odisseia descreve verso após verso, como Odisseu (que sabia exatamente onde queria chegar), exercitou e colocou à prova seus limites, suas relações interpessoais e suas habilidades. Ele não era um gestor empresarial, mas como tal, comandava uma equipe. Mesmo os “não líderes” na profissão, em algum lugar o são. Responsáveis de alguma forma por alguém ou alguma coisa é certo que, em determinados momentos defeitos e qualidades serão confrontados e postos à prova.
Mas não eram somente heróis que existiam na Odisseia. Havia heroínas, como Penélope. Quantas mulheres não gostariam de ser iguais a ela? Bonita, fiel, firme e inteligente. Penélope foi um ícone na história, que enfrentou todos na esperança de seu marido retornar de uma guerra acabada há dez anos. Não podemos nos esquecer de Areta, rainha dos Feácios, que detinha o poder da pacificação e influência nas decisões do reino. O mudo feminino de Homero versa sobre a figura honrada da mulher.
De um ser humano capaz de dar a vida a uma geração de heróis, de guerreiros.
Neste pequeno texto, tentamos convidar o leitor a descobri o Odisseu e a Penélope que existe dentro de cada um. Revelarmo-nos como pessoas fortes e objetivas, destemidas e crentes em nossa figura como Deuses, como senhores do nosso destino.

Nenhum comentário:

Postar um comentário