segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
"Ensaio sobre a Cegueira"
O livro do consagrado autor Jose Saramago levou-me a profundos pensamentos sobre o rumo que a humanidade está tomando. Não pude deixar de fazer analogias e associações entre o nosso estilo de vida e a ficção tão bem elaborada.
Aliás, o ano de 2009 e o inicio de 2010 foi marcado por estas obras que nos convidam a mudança. Vi Avatar e pensei: "Quero ser um alienigena azul, integrado com a natureza e com os outros seres". Acredito que são obras assim que valem a pena...
Mas, voltando a "cegueira"
Quem somos nós? Somo cegos que enxergam? Acho que sim.... Nossa visão alcança somente aquilo que queremos ver e nem sempre conseguimos identificar a verdade. "Ensaio sobre a Cegueira" mostra a natureza humana, a verdadeira. Mostra do que somos capazes para sobrevivência, o quanto podemos nos igualar aos animais (se é que já não estamos no mesmo nível). Uma história de amor? Acho que não... solidariedade e força, talvez!
Um livro que nos faz pensar sobre as atitudes, sobre a moral e sobre nossos valores. Enfim: não tenho muitas palavras para expressar os pensamentos que ocoam em minha mente, mas tenho forças para indicar o livro... Leiam!!! Não tem como se arrepender dos momentos que passarão ao lado dos nossos heróis sem nome.
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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Rapaz.... o que é escrita?
Para Cagliari (2004) a escrita terá como objetivo primordial permitir o processo da leitura e essa por sua vez é a decodificação do que foi escrito pelo escritor, além de permitir a reconstrução da coerência construída por ele.
Segundo Kato (1987) a escrita é uma atividade de comunicação verbal e, como tal, passível de ser analisada sob o mesmo tratamento funcionalista dado aos estudos da fala, mas o fato é que a escrita está presente em todos os momentos de nossas vidas, quando andamos na rua, no metrô, no trem, no carro...
A existência de sociedades ágrafas está na história, hoje quase não conhecemos grupos de pessoas em que não exista um registro escrito da fala, uma codificação dos sons. Barré-de-Miniac (apud KOCK & ELIAS, 2009, p. 31) afirma que a escrita deixou de domínio de classes superiores, e a sua prática está generalizada tornando-se prática na vida pessoal, acadêmica, profissional e doméstica.
Sabemos que a motivação da escrita é a sua própria razão de ser e a sua decifração é apenas um aspecto mecânico para o funcionamento, ou seja, a leitura não pode ser apenas um ato de decifra, pois não agregaria os significados do texto. Sendo apenas um processo de decodificação, a leitura ignora os aspectos semânticos e pragmáticos, e por isso obriga o leitor a englobar todos os aspectos socioculturais e históricos em que o escritor se baseou quando produziu o texto.
Nessa concepção, Kock e Elias (2009), apresentam focos de interação da escrita. Primeiramente podemos associar uma concepção onde o importante na escrita é a própria língua o que ocasiona que o sujeito é predeterminado pelo sistema e passa a ser um simples produto da codificação da fala. Assim, para que haja escrita e leitura é necessário somente o conhecimento dos códigos utilizados, ou seja, o entendimento permanece na linearidade.
A segunda concepção apresentada pelas autoras é que a escrita estaria preocupada com o escritor, o sujeito psicológico, individual, dono e controlador de sua vontade e de suas ações. A escrita passaria a ser uma atividade na qual o produtor expressa seus pensamentos sem considerar as interações possíveis com o leitor.
E por fim a escrita permitira a interação texto-escritor-leitor, o que parece ser o mais razoável, na qual existe um processo interacional e dialógica entre o que escreve e o que ler tornando ambos em atores sociais, sujeitos ativos que constroem e são construídos pelo texto.
Aquele escreve, então, deve levar em consideração vários aspectos antes de iniciar a produção:
1. Conhecimento sobre os componentes que estarão presentes na situação comunicativa;
2. Trabalho sistêmico com as ideias para que tema em questão tenha continuidade; balanceamento das informações no texto
3. Revisão do que foi escrito.
O primeiro aspecto diz respeito à ativação do conhecimento do escritor para iniciar o processo de escrever, exigindo a interação com os componentes ortográficos, gramaticais e lexicais de sua língua que é adquirido durante as experiências e práticas comunicativas, além da as informações que possuímos acerca do mundo em nossa memória e supomos que tais dados são inerentes ao leitor também. Assim como o conhecimento de textos, modelos de práticas comunicativas sempre levando em conta a composição, conteúdo, estilo e função.
Segundo Kato (1987) a escrita é uma atividade de comunicação verbal e, como tal, passível de ser analisada sob o mesmo tratamento funcionalista dado aos estudos da fala, mas o fato é que a escrita está presente em todos os momentos de nossas vidas, quando andamos na rua, no metrô, no trem, no carro...
A existência de sociedades ágrafas está na história, hoje quase não conhecemos grupos de pessoas em que não exista um registro escrito da fala, uma codificação dos sons. Barré-de-Miniac (apud KOCK & ELIAS, 2009, p. 31) afirma que a escrita deixou de domínio de classes superiores, e a sua prática está generalizada tornando-se prática na vida pessoal, acadêmica, profissional e doméstica.
Sabemos que a motivação da escrita é a sua própria razão de ser e a sua decifração é apenas um aspecto mecânico para o funcionamento, ou seja, a leitura não pode ser apenas um ato de decifra, pois não agregaria os significados do texto. Sendo apenas um processo de decodificação, a leitura ignora os aspectos semânticos e pragmáticos, e por isso obriga o leitor a englobar todos os aspectos socioculturais e históricos em que o escritor se baseou quando produziu o texto.
Nessa concepção, Kock e Elias (2009), apresentam focos de interação da escrita. Primeiramente podemos associar uma concepção onde o importante na escrita é a própria língua o que ocasiona que o sujeito é predeterminado pelo sistema e passa a ser um simples produto da codificação da fala. Assim, para que haja escrita e leitura é necessário somente o conhecimento dos códigos utilizados, ou seja, o entendimento permanece na linearidade.
A segunda concepção apresentada pelas autoras é que a escrita estaria preocupada com o escritor, o sujeito psicológico, individual, dono e controlador de sua vontade e de suas ações. A escrita passaria a ser uma atividade na qual o produtor expressa seus pensamentos sem considerar as interações possíveis com o leitor.
E por fim a escrita permitira a interação texto-escritor-leitor, o que parece ser o mais razoável, na qual existe um processo interacional e dialógica entre o que escreve e o que ler tornando ambos em atores sociais, sujeitos ativos que constroem e são construídos pelo texto.
Aquele escreve, então, deve levar em consideração vários aspectos antes de iniciar a produção:
1. Conhecimento sobre os componentes que estarão presentes na situação comunicativa;
2. Trabalho sistêmico com as ideias para que tema em questão tenha continuidade; balanceamento das informações no texto
3. Revisão do que foi escrito.
O primeiro aspecto diz respeito à ativação do conhecimento do escritor para iniciar o processo de escrever, exigindo a interação com os componentes ortográficos, gramaticais e lexicais de sua língua que é adquirido durante as experiências e práticas comunicativas, além da as informações que possuímos acerca do mundo em nossa memória e supomos que tais dados são inerentes ao leitor também. Assim como o conhecimento de textos, modelos de práticas comunicativas sempre levando em conta a composição, conteúdo, estilo e função.
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